Taxista diz que negou entregar equipamento para a empresa e foi
agredido. Categoria foi até a porta de delegacia pedir por justiça nesta
quarta-feira.
Elísio de Oliveira Campos diz que foi agredido dentro do seu táxi.
(Foto: Roberta Cólen/G1)
Motoristas de táxi de Maceió se reuniram nesta quarta-feira (21), em
frente ao 9º Distrito da Capital para cobrar por justiça. Eles dizem que um
colega taxista foi agredido fisicamente por um funcionário da empresa Pontual
durante uma discussão na manhã de hoje.
O vice-presidente da Associação de Taxistas de Maceió, Erivaldo Batista,
disse que as agressões foram resultado de um antigo problema que é referente
aos descontos que a empresa oferece aos clientes por cada corrida.
“O valor do desconto é abusivo porque pesa no bolso da gente. O Elísio
estava marcando uma reunião para discutir esse assunto quando foi chamado pela
empresa para devolver o equipamento de rádio que é alugado. Quando se negou,
foi agredido e teve o celular destruído”, diz.
Elísio de Oliveira Campos, 32, mais conhecido como “Soninho”, conta que
trabalha com táxi há 20 anos e que nunca havia passado por isso. “Quando
cheguei na empresa, o funcionário José Ramos da Silva falou que eu estava
suspenso de trabalhar e que teria que devolver o equipamento, mas como peguei
com o dono há oito anos, me neguei e disse que só entregaria o rádio nas mãos
dele”, afirma.
“A partir daí José começou a gritar comigo e resolvi gravar com o meu
celular. Ele entrou no carro, torceu meu braço e quebrou o telefone que estava
com as gravações. É uma humilhação. Nenhum trabalhador merece ser tratado dessa
forma”, ressalta.
O chefe de serviço da delegacia, Ailton Oliveira, disse que as partes
serão ouvidas. “Dependendo das informações, será aberto um Termo Circunstancial
de Ocorrência (TCO) ou um inquérito policial”, explica.
Um dos sócios da Pontual Táxi que estava presente no local, tentando
entrar em acordo com o vice-presidente da associação, não quis se manifestar
sobre o assunto. A reportagem do G1 entrou em contato com a empresa por
telefone, mas a funcionária que se identificou como Débora disse que não tinha
ninguém na coordenação.
Descontos
De acordo com os taxistas, os descontos que a empresa oferece são
abusivos. “O preço de muita coisa aumentou, como gás e a comida. Mas o desconto
de 20 ou 25% (dependendo da empresa) não abaixa, o que não é justo, já que a
empresa faz a propaganda sobre isso, mas quem sofre é a gente que perde
dinheiro da corrida”, diz um taxista que se identificou apenas como Pablo.
A categoria pede que os descontos caiam para 10% a partir de R$ 15.
“Não queremos ir contra as empresas, pelo contrário. Só pedimos uma maior
parceria para ninguém ficar insatisfeito”, conclui Pablo.
Alagoas
21/08/2013 13h47 - Atualizado em 21/08/2013 15h51
Do G1 AL
Fonte:
.
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