segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Uber proibida em Londres por ferir a integridade física do cidadão

O presidente do Uber vem ao Brasil para tentar evitar a regulamentação de aplicativos que prestam serviço de táxi em carros particulares. O único investimento que o Uber faz no Brasil é nas altas somas pagas à Rede Globo pelas propagandas em horário nobre, como a que foi exibida esta semana no intervalo do Jornal Nacional. Quando o Uber paga para ter direito à publicidade na Globo, está investindo numa emissora que patrocina a tomada do poder político por figuras como o Temer. Ao ser anunciante da Globo, o Uber fortalece uma emissora que ajudou a promover movimentos neoconservadores como o MBL. Quando o Uber se associa à Globo, fortalece uma empresa de comunicação que apoiou dois golpes de Estado; que se empenhou pela aprovação da Reforma Trabalhista, uma reforma que desregulamentou o emprego como conhecemos; a mesma Globo, que agora nos empurra a Reforma da Previdência como algo benéfico, não revelando que se trata da privatização do sistema de aposentadorias. O Uber e a Globo são faces iguais de uma mesma moeda oxidada.

O Uber alega que a regulamentação fere o direito de escolha do cidadão, não confessa que foi proibido em grandes metrópoles como Londres por ferir a integridade física do cidadão, por não proporcionar segurança aos seus usuários e motoristas, da mesma forma que ocorre no Brasil. O presidente do Uber não irá falar sobre as mais de 50 mil denúncias que coleciona em sites de defesa do consumidor, como o Reclame Aqui, nem revelará que é uma das empresas com mais queixas diárias relatadas nesse mesmo site. O Uber e outros aplicativos são empresas de táxi enxertadas pelo capital estrangeiro, mas que não querem ser classificadas nas mesmas regras que orientam os taxistas. Querem o monopólio de um mercado que é bilionário quando não precisam se submeter às leis que protegem o consumidor e os prestadores de serviço. O Uber e todos os aplicativos querem a mesma desregulamentação que vai acabar com nossos empregos, com a nossa renda e com a aposentadoria que nos garantia sobreviver à velhice.


Texto de Alexandre Coslei. Facebook 30/10/2017
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Ricardo Boechat fala sobre regulação da PLC 28/17

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Uberização: a nova onda do trabalho precarizado”

Livro questiona efetividade do Uber e de outros aplicativos

O debate sobre os serviços de compartilhamento ganha um novo tópico nesta terça-feira (24), com o lançamento do livro "Uberização: a nova onda do trabalho precarizado", do autor britânico Tom Slee, publicado pela Editora Elefante.

A obra reforça o embate que existe sobre a efetividade de empresas responsáveis por serviços como o Uber e o Airbnb e apresenta a discussão sobre um outro ponto de vista: o das relações de trabalho e da inserção dos apps na economia.

Apesar das várias vantagens que os consumidores apontam em serviços como esses, Tom Slee é um crítico da economia do compartilhamento – chamada por ele de "movimento pela desregulação" - e afirma que essas novas empresas tentam se sobrepor às normas elaboradas por meio do processo democrático para impor o seu modelo.

Slee diz que o sucesso do Uber "decorre de seu parasitismo nas cidades onde opera" e enfatiza que a habilidade do aplicativo em fornecer um serviço barato e eficiente "vem da habilidade de operar em prejuízo enquanto persegue seu generosamente financiado caminho para o crescimento".

Num dos trechos do livro, o britânico afirma que "grandes instituições financeiras e fundos influentes de capital de risco estão vislumbrando uma oportunidade para desafiar as regras formuladas pelos governos municipais democráticos ao redor do mundo".

"E para remodelar as cidades de acordo com seus interesses... Não se trata de construir uma alternativa à economia de mercado dirigida por corporações. Trata-se de expandir o livre mercado para novas áreas de nossas vidas", acrescenta.


Segunda-feira, 23/10/2017, às 20:47, por Matheus Leitão

Fonte:

http://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/livro-questiona-efetividade-do-uber-e-de-outros-aplicativos.html
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