sexta-feira, 28 de abril de 2017

Taxistas de Maceió acumulam prejuízos com a concorrência desleal


MACEIÓ. 

Categoria reclama da concorrência desleal com o Uber; alguns já começam a desistir da profissão

Taxistas denunciam prejuízos financeiros em Maceió. De acordo os motoristas, a situação se agravou após a concorrência do serviço Uber na capital. A Associação dos Motoristas de Uber em Alagoas se defende, e esclarece que o serviço é legal e que conquista devido às menores ofertas nas corridas. Paralelamente, enquanto o cenário se inflama, a Câmara de Vereadores aguarda, do Poder Executivo, o envio de um Projeto de Lei que regularize o serviço do aplicativo.

“Com a chegada do Uber, tudo piorou”, desabafou o taxista João Pedro de Moura. Motorista de táxi em Maceió há mais de 30 anos, ele relata que o serviço enfrentava dificuldades antes mesmo da chegada do serviço de transporte privado na capital, mas que, com a concorrência, seu rendimento financeiro diminuiu 85%.

“Eu já pensei em desistir da profissão de taxista, mas o que eu poderia fazer depois? Tenho 53 anos, existe uma crise financeira no País e não vejo perspectiva nenhuma de que me contratem para fazer outra coisa. A situação é ainda mais complicada porque não possuo carro próprio, eu pago para alugar um táxi, para poder trabalhar, e após a chegada do Uber, meu rendimento diminuiu 85%. Hoje faço três bandeiradas por dia, não mais que isso. Antes nós chegávamos a 10 ou 12”, lamenta.

João Pedro ainda relata que a concorrência do Uber atingiu outros serviços de veículos e expôs críticas à gestão do Sindicato dos Taxistas e da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) quanto ao trato com os taxistas da capital.

MACEIÓ, SEXTA-FEIRA      EDIÇÃO DE 28 DE ABRIL DE 2017

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