MACEIÓ.
Categoria reclama da
concorrência desleal com o Uber; alguns já começam a desistir da profissão
Taxistas denunciam prejuízos
financeiros em Maceió. De acordo os motoristas, a situação se agravou após a
concorrência do serviço Uber na capital. A Associação dos Motoristas de Uber em
Alagoas se defende, e esclarece que o serviço é legal e que conquista devido às
menores ofertas nas corridas. Paralelamente, enquanto o cenário se inflama, a
Câmara de Vereadores aguarda, do Poder Executivo, o envio de um Projeto de Lei
que regularize o serviço do aplicativo.
“Com a chegada do Uber, tudo
piorou”, desabafou o taxista João Pedro de Moura. Motorista de táxi em Maceió
há mais de 30 anos, ele relata que o serviço enfrentava dificuldades antes
mesmo da chegada do serviço de transporte privado na capital, mas que, com a
concorrência, seu rendimento financeiro diminuiu 85%.
“Eu já pensei em desistir da
profissão de taxista, mas o que eu poderia fazer depois? Tenho 53 anos, existe
uma crise financeira no País e não vejo perspectiva nenhuma de que me contratem
para fazer outra coisa. A situação é ainda mais complicada porque não possuo
carro próprio, eu pago para alugar um táxi, para poder trabalhar, e após a
chegada do Uber, meu rendimento diminuiu 85%. Hoje faço três bandeiradas por
dia, não mais que isso. Antes nós chegávamos a 10 ou 12”, lamenta.
João Pedro ainda relata que a
concorrência do Uber atingiu outros serviços de veículos e expôs críticas à
gestão do Sindicato dos Taxistas e da Superintendência Municipal de Transporte
e Trânsito (SMTT) quanto ao trato com os taxistas da capital.
MACEIÓ, SEXTA-FEIRA EDIÇÃO DE 28 DE ABRIL DE 2017
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