Os executivos da indústria de
bebidas e os donos de bares adicionaram a mobilidade urbana à pauta de
reivindicações este ano. O setor fechou o primeiro semestre com queda de
vendas, reflexo da economia desaquecida e do rigor maior da nova Lei Seca, em
vigor desde dezembro de 2012. Os empresários estão discutindo com o poder
público soluções para oferecer transporte coletivo e táxi mais barato para
trazer de volta aos bares o consumidor que parou de sair para beber.
Desde março, os empresários do
setor se reúnem com taxistas e representantes da Secretaria Estadual de
Transportes Metropolitanos (Metrô, CPTM, EMTU) no Comitê Paulista de Ações para
a Segurança Viária. Um grupo de trabalho foi criado pelo Departamento Estadual
de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) para estudar mobilidade urbana. O Detran
disse que o objetivo do comitê é "estudar medidas para ampliar e estimular
o transporte público noturno alternativo ao veículo particular para cidadãos
que tenham consumido álcool".
Uma das medidas em estudo é a
oferta de ônibus no trajeto das cinco linhas do metrô durante a madrugada,
conhecidos como "corujão". A ideia é abastecer a rota com linhas de
ônibus menores e vans para levar os passageiros das estações de metrô até a
região dos bares. A possibilidade de manter o metrô aberto 24 horas foi
descartada.
O Detran confirma que a proposta
está na mesa, mas diz que ela ainda está em fase de "discussão
técnica". O Estado apurou que o grupo trabalha com a meta de lançar um projeto-piloto
em agosto para atender os bares da Vila Madalena, em São Paulo. Posteriormente,
a solução seria estendida às demais regiões da cidade.
O grupo também discute soluções
para reduzir a tarifa do táxi na noite paulistana, o que foi confirmado pelo
Detran. A ideia é oferecer o serviço de madrugada ao preço de bandeira 1, que é
30% menor do que a bandeira 2, tarifa que entra em vigor às 20h. O grupo tem
dificuldade de tirar o projeto do papel pois ainda não encontrou uma fórmula de
equacioná-lo financeiramente, disseram fontes que participam das discussões.
Os bares e as fabricantes de
bebidas sugerem que a prefeitura cadastre taxistas interessados em oferecer o
serviço por preço reduzido. A vantagem é ganhar mais clientes. A proposta,
porém, é praticamente idêntica ao projeto Táxi Amigão, lançado em 2009, que
fracassou por não ter adesão dos taxistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
| ECONOMIA | 14.JUL.13 - 09:51
Por Marina Gazzoni
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