Licenças custavam, em média, de R$ 5 a R$ 30 mil; polícia localiza duas
granadas com o grupo
A Polícia Civil (PC) prendeu nesta quarta-feira (2) uma quadrilha que
falsificava e vendia praças de táxis em Maceió. Além de diversos documentos
falsificados, com assinaturas falsas do prefeito Rui Palmeira (PSDB) e do
superintendente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT),
durante a operação, os policiais ainda encontraram duas granadas que estavam de
posse dos criminosos. Por uma única concessão, uma das vítimas dos golpistas
chegou a pagar R$ 100 mil.
Foram presos um prestador de serviços que atua como agente
penitenciário, Marcos Antônio Rodrigues da Silva, a suposta agente da
Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) Irlane de Cassia da
Silva Lins e a cabeleireira Nicassia da Silva Dias, que agia como corretora.
Segundo a Polícia Civil, o golpe era articulado por Irlane e os preços
cobrados pelas concessões de praças falsas iam de R$ 5 mil a R$ 30 mil – uma
das vítimas, porém, chegou a desembolsar R$ 100 mil pela licença para rodar com
um táxi.
A polícia disse já ter conhecimento do envolvimento também de
funcionários da SMTT no esquema. Documentos oficiais, mas com teor falso e
assinaturas falsificadas do prefeito de Maceió e do superintendente da SMTT,
foram apreendidos com os detidos e as averiguações serão aprofundadas para
chegar a outros envolvidos. Novas testemunhas já estão sendo arroladas.
Os delegados responsáveis, Manoel Acássio e Ronilson Medeiros, também
aguardam que outras vítimas se pronunciem. As investigações foram iniciadas por
meio de uma denúncia anônima e foram intensificadas quando uma das pessoas
lesadas no esquema procurou a polícia.
"Procuramos saber se a Irlane era funcionária, mas a SMTT negou e,
confirmado isso, ela também será autuada por falsidade ideológica. Ela seria a
mentora dos golpes; aliciava os interessados, conseguia número de praças e
travestia como documento verdadeiro, com ajuda de alguém da SMTT”, explicou o
delegado Manoel Acássio.
Ele destacou que a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito
não concedeu praças na gestão do atual prefeito, Rui Palmeira e, por isso, quem
tiver conseguido uma licença, pode ser autuado em blitzes da polícia.
Questionada, Nicassia da Silva Dias disse que teria comprado uma
concessão direto com Irlane, que, por sua vez, acusou um homem chamado de Júlio
César de ser o cabeça da fraude. O delegado afirmou que Júlio César teria sido
uma das vítimas do esquema.
Já o prestador de serviços, Marcos Antônio Rodrigues, negou a
participação no crime.
02/09/2015 11h22
Clariza Santos e Larissa Bastos
Fonte:
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