quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Bando falsificava assinaturas do Prefeito e do Superintendente da SMTT de Maceió




Quadrilha foi presa pela Polícia Civil (Foto: Clariza Santos)

Licenças custavam, em média, de R$ 5 a R$ 30 mil; polícia localiza duas granadas com o grupo

A Polícia Civil (PC) prendeu nesta quarta-feira (2) uma quadrilha que falsificava e vendia praças de táxis em Maceió. Além de diversos documentos falsificados, com assinaturas falsas do prefeito Rui Palmeira (PSDB) e do superintendente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), durante a operação, os policiais ainda encontraram duas granadas que estavam de posse dos criminosos. Por uma única concessão, uma das vítimas dos golpistas chegou a pagar R$ 100 mil.

Foram presos um prestador de serviços que atua como agente penitenciário, Marcos Antônio Rodrigues da Silva, a suposta agente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) Irlane de Cassia da Silva Lins e a cabeleireira Nicassia da Silva Dias, que agia como corretora.

Segundo a Polícia Civil, o golpe era articulado por Irlane e os preços cobrados pelas concessões de praças falsas iam de R$ 5 mil a R$ 30 mil – uma das vítimas, porém, chegou a desembolsar R$ 100 mil pela licença para rodar com um táxi.

A polícia disse já ter conhecimento do envolvimento também de funcionários da SMTT no esquema. Documentos oficiais, mas com teor falso e assinaturas falsificadas do prefeito de Maceió e do superintendente da SMTT, foram apreendidos com os detidos e as averiguações serão aprofundadas para chegar a outros envolvidos. Novas testemunhas já estão sendo arroladas.

Os delegados responsáveis, Manoel Acássio e Ronilson Medeiros, também aguardam que outras vítimas se pronunciem. As investigações foram iniciadas por meio de uma denúncia anônima e foram intensificadas quando uma das pessoas lesadas no esquema procurou a polícia.

"Procuramos saber se a Irlane era funcionária, mas a SMTT negou e, confirmado isso, ela também será autuada por falsidade ideológica. Ela seria a mentora dos golpes; aliciava os interessados, conseguia número de praças e travestia como documento verdadeiro, com ajuda de alguém da SMTT”, explicou o delegado Manoel Acássio.

Ele destacou que a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito não concedeu praças na gestão do atual prefeito, Rui Palmeira e, por isso, quem tiver conseguido uma licença, pode ser autuado em blitzes da polícia.

Questionada, Nicassia da Silva Dias disse que teria comprado uma concessão direto com Irlane, que, por sua vez, acusou um homem chamado de Júlio César de ser o cabeça da fraude. O delegado afirmou que Júlio César teria sido uma das vítimas do esquema.

Já o prestador de serviços, Marcos Antônio Rodrigues, negou a participação no crime.


02/09/2015 11h22

Clariza Santos e Larissa Bastos

Fonte:
 .



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