Protesto exige redução no desconto oferecido pela empresa.
Suspeito foi encaminhado pela polícia para a Central de
Flagrantes.
Com um prejuízo estimado em R$ 10 mil por ano, taxistas
credenciados a empresas do ramo fizeram uma carreta pelas ruas de Maceió, na
tarde desta segunda-feira (2), em protesto pela redução do desconto de 25%
concedido aos passageiros. Quando chegaram à porta da sede da empresa Pontual,
localizada na Avenida Governador Lamenha Filho, no bairro do Feitosa, eles
teriam sido "recebidos a tiros". Segundo o presidente da Associação
de Profissionais de Táxis de Maceió, Sebastião Mendonça, um homem de camisa
branca atirou para cima, na tentativa de intimidar os manifestantes.
Suspeito de atirar contra taxistas é levado para prestar
depoimento na Central de Flagrantes.
(Foto: Natália Souza/ G1)
Uma equipe do Batalhão de Polícia Escolar foi acionada e foi
até o local para tentar acalmar os ânimos dos taxistas. Os policiais entraram
na sede da empresa e identificaram o homem que atirou. Ele foi encaminhado para
a Central de Flagrantes, no bairro do Farol, onde prestará depoimento.
O capitão Flávio do BPE, conversou com representantes da
empresa e informou que a Pontual não vai receber os taxistas nem falar com a
imprensa sobre o ocorrido.
Taxistas fazem carreata e fecham principal avenida do
Feitosa. (Foto: Natália Souza/G1)
Os taxistas cobram a redução do desconto para 10%. Eles
alegam que fizeram várias reuniões com proprietários das outras empresas de
taxi e todas aceitam a redução. "Eles aceitam baixar o desconto desde que
todas reduzam", afirmou o taxisa Paulo Sérgio. "Mas a Pontual Táxi é
a única que não aceitou o diálogo ainda e, por isso, as outras não concedem o
desconto", completou.
Para o taxista Sérgio Araújo, o desconto de 25% atualmente é
inviável. "À época em que foi concedido o desconto, a economia do estado
era outra. O gás custava R$ 0,39 e não tinha taxas cobradas pela SMTT que hoje
em dia somos obrigados a pagar. Sem contar na manutenção do carro que ficou
muito mais cara, gastos com pneus, seguro, óleo e as contas de casa para pagar.
Hoje está difícil até manter o próprio carro", afirma.
Sebastião Mendonça, presidente da Aspratam, diz que a
categoria deixou de ganhar muito dinheiro com o desconto concedido. "Nós
fazemos cerca de 14 viagens por dia. Com os descontos perdemos cerca de R$ 10
mil por ano e ainda temos que pagar R$ 85 para as rádios de taxi, mas o carro é
nosso e a praça também. A Pontual tem 250 taxistas credenciados, em um universo
de 3.200 trabalhadores do ramo na capital", destacou.
02/09/2013 13h18 - Atualizado em 02/09/2013 13h39
Natália Souza
Do G1 AL
Fonte:
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