Rui Palmeira descarta fazer
alterações no texto que disciplina o transporte individual de passageiros em
Maceió
O prefeito Rui Palmeira descartou
nesta sexta-feira (17), durante a inauguração do primeiro pomar urbano de
Maceió, no bairro de Jatiúca, fazer alterações na legislação sobre o transporte
de passageiro por meio de aplicativos. O decreto que vai regulamentar a
atividade deve ser publicado pela Prefeitura na próxima semana.
De acordo com Palmeira, embora a
Defensoria Pública Estadual questione a competência, a Prefeitura não tem
dúvidas de que cabe ao Município regulamentar a atividade. O prefeito citou
como exemplo o que acontece com o serviço de táxi em todo o país.
"Vamos aguardar o
posicionamento da Justiça. Mas, a gente tem clareza; a gente tem o respaldo da
Procuradoria do Município; a gente tem certeza que a regulamentação do
transporte individual de passageiros é, sim, de responsabilidade do município,
haja vista a questão do táxi. Se nós fóssemos por essa tese da Defensoria,
então município nenhum regulamentava a questão do táxi e também do Uber, como
várias cidades já estão regulamentando e algumas já regulamentaram. Mas, é
natural, como é questão nova, que surjam questionamentos, inclusive
jurídicos", frisou.
Conforme o prefeito, não há
nenhuma anormalidade no fato de as empresas que prestam esse tipo de serviço
pagarem impostos para a Prefeitura.
"Agora, para mim, realmente
eu fico abismado como uma corporação como a Uber, é uma corporação que hoje
vale U$ 70 bi não querer pagar imposto. Realmente choca a todos nós, porque o
pequeno comerciante, o taxista, o dono de uma banca na feira ele paga alguma
taxa para o Município, ele é regulado. E
Uber, uma corporação de U$ 70 bi, se recusa a pagar impostos aos cofres
da Prefeitura de Maceió", acrescentou.
Sobre os critérios para exercer a
atividade, Palmeira negou que seja uma tentativa da Prefeitura de inviabilizar
o trabalho em Maceió e afirmou que a ação da Superintendência Municipal de
Transporte e Trânsito (SMTT) vai garantir mais segurança para os passageiros.
"Eu só acho que todo e
qualquer serviço que tá sendo prestado no município tem que ser regulamentado.
A gente não está proibindo. O que muita gente queria era, na verdade, uma lei
tão rigorosa que proibisse esse tipo de aplicativo. E não é nosso intuito.
Nosso intuito é que eles, como todo e qualquer cidadão, paguem seus impostos e
sejam regulamentados. Nós temos hoje, por exemplo, milhares de Uber rodando em
Maceió e a gente não sabe se aquele cidadão sequer é habilitado. No momento em que ele passar
pelo crivo da SMTT, a gente vai saber quem tá dirigindo aquele veículo, se ele
tem habilitação, se a habilitação não tá vencida, se ele já não teve a
habilitação cassada, entre outros. Então, a gente vai poder dar mais segurança e tranquilidade aos
passageiros", ressaltou.
Por Eduardo Almeida e Regina
Carvalho
18/08/2017 10h08 - Atualizada às 18/08/2017 10h58
18/08/2017 10h08 - Atualizada às 18/08/2017 10h58
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http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2017/08/_38868.php
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