Califórnia suspende programa piloto em São Francisco; empresa alega
erro humano
RIO — O programa piloto do Uber com veículos sem motoristas durou pouco
em São Francisco, na Califórnia. Nesta quarta-feira, a companhia anunciou o início
dos testes, mas, no mesmo dia, um dos carros foi flagrado furando um sinal
vermelho e o projeto foi suspenso pelo Departamento de Veículos Motorizados da
Califórnia (DMV, na sigla em inglês).
Em carta endereçada à companhia,
o advogado do DMV, Brian Soublet, ressaltou que o Uber iniciou o programa
piloto sem autorização, e que a empresa precisa aprimorar os sistemas para
“assegurar a segurança da população”.
“É ilegal que uma empresa opere veículos sem motorista em vias públicas
sem uma autorização de teste de veículos autônomos”, escreveu o advogado. “É
essencial que o Uber tome as medidas apropriadas para assegurar a segurança da
população. Se o Uber não confirmar imediatamente que isto parou e solicitar a
permissão para os testes, o DMV iniciará ações legais”.
O Uber começou a operar os carros sem motorista em San Francisco após
um teste piloto no início do ano em Pittsburgh, Pensilvânia. Sobre o episódio
do veículo furando o sinal, a companhia alegou que o incidente foi causado por
erro humano, sugerindo que o carro não estava no modo autônomo, mas sob
controle do motorista, que foi suspenso.
Sobre a suspensão do programa piloto, o Uber se defendeu alegando não
ter requerido uma autorização porque seus carros ainda requerem um motorista,
que deve monitorar o funcionamento do veículo e assumir o controle se
necessário.
“Para nós, ainda estamos no início e nossos carros ainda não estão
prontos para dirigir sem uma pessoa monitorando”, disse a empresa, em
comunicado.
Segundo a companhia, a Califórnia define veículos autônomos os carros
que possuem a “capacidade” de dirigir “sem o controle físico ativo ou
monitoramento de uma pessoa”. Por isso, a regulação não se aplicaria aos seus
veículos, que são equipados por um motorista e um engenheiro nos assentos da
frente para assumirem o controle em situações como zona de construção e
travessia de pedestre.
“Todos os nossos veículos estão de acordo com as leis federais e
estaduais aplicáveis”.
15 de dezembro de 2016
Fonte: O GLOBO
por Carlos Laia
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