sábado, 17 de dezembro de 2016

Carro autônomo do Uber é flagrado furando sinal vermelho



Califórnia suspende programa piloto em São Francisco; empresa alega erro humano

RIO — O programa piloto do Uber com veículos sem motoristas durou pouco em São Francisco, na Califórnia. Nesta quarta-feira, a companhia anunciou o início dos testes, mas, no mesmo dia, um dos carros foi flagrado furando um sinal vermelho e o projeto foi suspenso pelo Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia (DMV, na sigla em inglês).

 Em carta endereçada à companhia, o advogado do DMV, Brian Soublet, ressaltou que o Uber iniciou o programa piloto sem autorização, e que a empresa precisa aprimorar os sistemas para “assegurar a segurança da população”.

“É ilegal que uma empresa opere veículos sem motorista em vias públicas sem uma autorização de teste de veículos autônomos”, escreveu o advogado. “É essencial que o Uber tome as medidas apropriadas para assegurar a segurança da população. Se o Uber não confirmar imediatamente que isto parou e solicitar a permissão para os testes, o DMV iniciará ações legais”.

O Uber começou a operar os carros sem motorista em San Francisco após um teste piloto no início do ano em Pittsburgh, Pensilvânia. Sobre o episódio do veículo furando o sinal, a companhia alegou que o incidente foi causado por erro humano, sugerindo que o carro não estava no modo autônomo, mas sob controle do motorista, que foi suspenso.

Sobre a suspensão do programa piloto, o Uber se defendeu alegando não ter requerido uma autorização porque seus carros ainda requerem um motorista, que deve monitorar o funcionamento do veículo e assumir o controle se necessário.

“Para nós, ainda estamos no início e nossos carros ainda não estão prontos para dirigir sem uma pessoa monitorando”, disse a empresa, em comunicado.

Segundo a companhia, a Califórnia define veículos autônomos os carros que possuem a “capacidade” de dirigir “sem o controle físico ativo ou monitoramento de uma pessoa”. Por isso, a regulação não se aplicaria aos seus veículos, que são equipados por um motorista e um engenheiro nos assentos da frente para assumirem o controle em situações como zona de construção e travessia de pedestre.

“Todos os nossos veículos estão de acordo com as leis federais e estaduais aplicáveis”.

15 de dezembro de 2016      

Fonte: O GLOBO


por Carlos Laia
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