Com carga que
possibilita rodar até 160 quilômetros sem abastecer, os taxistas poderão
recarregar em postos da Petrobras na Barra da Tijuca e na Lagoa. Para receberem
os veículos, os profissionais passaram por treinamento de dois meses. (Taxi
Stereo / Creative Commons)
Rio de Janeiro -
Começaram a circular hoje (5) os dois primeiros táxis elétricos da cidade. O
projeto, uma parceria da prefeitura e a montadora Nissan, deverá levar 15 táxis
desse tipo às ruas até o fim do ano. A partir de 2014, a ideia é expandir o
serviço. Os carros não emitem poluentes nem ruídos.
Os veículos foram
entregues pelo prefeito Eduardo Paes aos taxistas Breno de Souza Olveira, de 47
anos, e Arthur Marfir, de 51 anos, que integram cooperativa que atua no
Aeroporto Santos Dumont. Os motoristas não terão que arcar com os custos de
abastecimento nem repassar um percentual da corrida à montadora Nissan,
fabricante dos carros.
Os táxis ficarão
emprestados por cerca de três anos. Todos os dias, os dois motoristas deverão
buscá-los em um prédio da prefeitura, em Botafogo, e levá-los ao aeroporto. Com
carga que possibilita rodar até 160 quilômetros sem abastecer, os taxistas
poderão recarregar em postos da Petrobras na Barra da Tijuca e na Lagoa. Para
receberem os veículos, os profissionais passaram por treinamento de dois meses.
O prefeito destacou
o caráter experimental da iniciativa: "É uma fase experimental mesmo. O
ideal é que a gente consiga desenvolver subsídios para que as pessoas possam
adquirir esse tipo de carro. São experiências que vão criando uma cultura".
O secretário
municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, explicou que os dois taxistas
foram escolhidos por terem experiência e boa conduta no trânsito. "Eles
têm muitos anos de carreira, não têm multas nem infrações como taxistas no Rio.
São comunicativos e têm noção de língua estrangeira. São motoristas referência
e vão servir de espelho e exemplo para a categoria".
Para Osório, a
iniciativa desmistifica o transporte movido a eletricidade. "Quanto mais
energia limpa estiver circulando na praça do Rio de Janeiro, é melhor. Com
isso, a gente qualifica o serviço de táxi agregando o componente da
sustentabilidade. É uma possibilidade de o carioca ver nas ruas que esse
negócio de energia elétrica movendo automóvel não é ficção científica, é
realidade. E acho que o táxi vai fazer essa apresentação".
Além de investir na
modernização dos veículos, o secretário informou que, este ano, será revista a
regulamentação dos táxis da cidade, que é a mesma desde 1970. Um dos principais
pontos da nova legislação será padronizar a frota, reduzindo as disparidades
entre carros populares de baixa potência e carros de luxo, que prestam o mesmo
serviço. Osório garantiu, no entanto, que a ideia não é onerar o passageiro com
taxas diferenciadas.
Edição: Carolina
Pimentel
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