sexta-feira, 8 de março de 2013

Alagoana ocupa cargo que antes eram dominados apenas por homens


Elas são minoria, mas cumprem a função com charme e determinação.

Mesmo enfrentando preconceitos, mulheres mantêm a determinação.

Mais do que nunca agora é que são elas. Cada vez mais independentes, as mulheres avançam no mercado de trabalho e ocupam a cada dia funções e cargos que até pouco tempo só tinham a participação dos homens. Em algumas funções, elas ainda são minorias, mas já fazem a diferença na atual formação social. São algumas histórias dessas mulheres, que enfrentaram preconceitos para se inserirem no mercado de trabalho que a reportagem do G1 relata no Dia Internacional da Mulher.


Renda da taxista ajuda a sustentar família com três filhos (Foto: Natália Souza/G1)

Ana Cristina no volante, alegria constante

Se a necessidade faz ocasião, a taxista Ana Cristina Gonçalves soube aproveitar muito bem a dela há nove anos. Mãe de três filhos, a dona de casa se viu desesperada quando seu marido e única fonte de renda da família sofreu um Acidente Vascular Cerebral. “A única coisa que eu sabia fazer era dirigir, então peguei o carro e comecei a fazer lotação particular para sustentar minha família, quando vi que o negócio dava lucro resolvi virar taxista”, afirmou.

Já aconteceu caso de passageiros desistirem da corrida quando viam que se tratava de uma taxista, mas isso nunca me atingiu"

Ana Cristina, Motorista de Táxi

Mas segundo Ana Cristina, entre clichês como “mulher no volante, perigo constante” até o respeito que ela adquiriu no mercado atual o caminho foi longo.

“Os donos dos taxis não confiavam em mim para pegar o carro deles e pagar a diária. Já aconteceu caso de passageiros desistirem da corrida quando viam que se tratava de uma taxista, mas isso nunca me atingiu. Hoje sou respeitada e quando preciso de um carro, vários colegas se oferecem”, contou ela, que já está há quase 10 anos no ramo.

Única taxista na empresa em que trabalha na capital alagoana, ela afirma que conhece outras colegas de profissão, mas o mercado ainda é predominantemente masculino. “Acho que as mulheres deveriam pensar mais nessa área. Mulher dirige tão bem quanto o homem. Eu mesma nunca bati nesses anos todos. Me apaixonei pela profissão e pretendo levar até quando puder”, afirmou.

Vaidosa, Ana Cristina não perde o estilo enquanto está dirigindo pela cidade. O batom e o brinco não podem faltar. “Eu gosto de me arrumar. Imagem hoje em dia é tudo”, contou. “Certa vez apanhei um passageiro e no meio da corrida ele tentou me beijar, acredita? Eu tomei um susto, achei que seria um assalto, mas quando ele disse que se tratava de um beijo fiquei nervosa. Não é assim que se faz, né?”, brincou.

08/03/2013 06h24 - Atualizado em 08/03/2013 07h30

Carolina Sanches e Natália Souza

Do G1 AL
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