Presidente do Sintaxi diz que Estado garantiu acordo com
Arsal.
Agência rebate e afirma que manterá procedimento de
fiscalização.
Protesto deixou um longo congestionamento na rodovia (Foto:
Natália Souza/G1)
O trecho da rodovia AL-101 Norte, que estava bloqueado desde
o fim da manhã desta quinta-feira (03), foi liberado horas depois pelos
taxistas que protestavam contra a rigidez na fiscalização da Agência Reguladora
dos Serviços Públicos de Alagoas (Arsal).
Os manifestantes alegam que receberam a garantia do
secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, de que a Arsal mudaria a conduta
de fiscalização, não mais obrigando os passageiros a descerem de táxis
considerados irregulares quando parados em blitze.
"Decidimos pelo fim do protesto, em virtude do
posicionamento positivo do governo, quando entramos em contato com o chefe de
gabinete. Reconhecemos o papel fiscalizador da Arsal, mas a rigidiz de suas
ações estava ultrapassando os direitos que são atribuídos a ela, conforme
determinação do Tribunal de Justiça e, principalmente, criando uma situação
constragedora com nossos passageiros", declarou o presidente.
Entretanto, o presidente da Arsal, Waldo Wanderley,
desconhece o acordo citado pelos taxistas e diz que a fiscalização será
mantida. "Nós só não podemos apreender os veículos, conforme decisão do
Tribunal de Justiça, mas a fiscalização é autorizada por lei. Vamos continuar
tirando os passageiros dos veículos irregulares até que todos os motoristas se
adequem às normas da Agência", rebate Wanderley.
Entenda o caso
Na manhã desta quinta-feira (03), cerca de 50 taxistas foram
às ruas protestar contra a rigidez da fiscalização empregada pela Agência
Reguladora dos Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) no combate ao transporte
irregular de passageiros.
O grupo ateou fogo a pneus e galhos de árvores para bloquear
a via. De acordo com os taxistas, a fiscalização da Arsal é fruto de
perseguição contra a categoria. O presidente do Sintaxi, Ubiraci Correia,
afirma que a agência criou uma nova modalidade de fiscalização para coibir o
trabalho dos taxistas.
Para Correia, os táxis são parados no posto de fiscalização
da Policial Rodoviária Estadual em Guaxuma e cobram o talão com a lista
contendo nome dos passageiros, caso o motorista não tenha essa documentação, os
passageiros são obrigados a deixar o veículo.
Segundo o presidente da Arsal, Waldo Wanderley, a agência não
está perseguindo os taxistas. “A fiscalização consiste em saber se o taxista
está cadastrado na Arsal para poder ter o direito de transportar os passageiros
de um município para o outro. Se ele não estiver cadastrado, o veículo sofre um
transbordo, onde os passageiros são retirados e relocados para outro carro,
seja uma van, táxis cadastrados ou até mesmo ônibus de linha”, explica o
presidente.
Manifestantes atearam fogo a galhos de árvores e pneus (Foto:
Natália Souza/G1)
03/07/2014 15h56 - Atualizado em 03/07/2014 16h20
Fonte:
Do G1 AL
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