quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Crise econômica e aumento no preço dos combustíveis afetam serviço de táxi.

OCIOSIDADE.


À espera de passageiros

A ociosidade dos taxistas de Maceió, ou seja, tempo em que esses profissionais ficam parados nos pontos de táxi ou circulando sem passageiros, aumentou em 50% nos últimos três meses. O movimento aumenta um pouco, reduzindo a ociosidade para 30%, nos primeiros 15 dias posteriores ao pagamento dos salários, especialmente dos servidores públicos.

É com essa realidade que os taxistas estão convivendo na capital, perseguidos pela crise econômica que provocou desemprego e redução de renda, e pelo aumento no preço dos combustíveis. “O poder aquisitivo da população diminuiu, e isso se reflete na nossa atividade”, afirma o presidente do Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sintáxi), Ubiraci Correia, o Bira.

Contudo, o representante dos profissionais do transporte individual de passageiros ressalta que, embora a situação esteja desfavorável, os taxistas estão conseguindo enfrentar a crise graças ao fluxo de turistas na cidade, que vem aumentando com a proximidade do verão.

Outra forma de enfrentar a redução dos ganhos provocada pela falta de passageiros é o uso da bandeira 2, quando o valor da tarifa, hoje em R$ 4,25, é acrescido de 20%.

A bandeira 2 é permitida pela Prefeitura de Maceió, poder concedente da exploração do serviço de transporte, a partir das 18h do sábado, até as 6h da manhã de segunda-feira, e nos feriados. O Sintáxi analisa a possibilidade de solicitar ao município que essa cobrança se estenda para os demais dias, como alternativa para reduzir os efeitos da crise.

A cobrança seria permitida até janeiro, quando, por lei, o valor da tarifa do táxi será reajustada. “Nossa data-base é janeiro, quando é reajustado o valor da bandeirada e do quilômetro rodado”, revela Bira.

Otimista em relação ao futuro, Bira cita a permissão para que taxistas com passageiros possam trafegar pela Faixa Azul, criada pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT/Maceió) exclusivamente para os ônibus do sistema público urbano. Agora, afirma ele, os profissionais querem trafegar ali com ou sem passageiros.

Outra preocupação da categoria é quanto ao surgimento do Uber, um aplicativo de celular que conecta uma pessoa a um motorista particular. Funciona dos mesmo jeito que se faz com um aplicativo de táxi.

Para Bira, a chegada do aplicativo a Maceió vai se transformar em mais um problema, já que os taxistas regulares já sofrem com a concorrência de carros-pirata e mototaxistas.

Para operar um táxi, o motorista precisa de alvará e permissão da prefeitura. Em Maceió, como na maioria das cidades, a prefeitura há anos não concede permissão. Quem quer ser taxista tem de comprar ou alugar de alguém que já seja permissionário.

Bira entende que o Uber é uma ameaça à profissão, e diz que, nas grandes cidades, onde já existe, o aplicativo funciona sem controle do poder público, num número ilimitado. ‡

18 de Outubro de 2015

Por: BLEINE OLIVEIRA – REPÓRTER

Fonte:
Jornal Gazeta de Alagoas





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