terça-feira, 5 de julho de 2016

Assaltos contra taxistas cresceram 98% em 1 ano, estima sindicato

Crimes contra taxistas têm aumentado, segundo Sintaxi

Segundo Sintaxi, ao menos 12 ações do tipo são registradas, semanalmente, contra os profissionais do volante em Maceió; PM implanta "botão do pânico" 

O Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sintaxi-AL) informou, nesta terça-feira (5), que ao menos 12 assaltos têm sido registrados, semanalmente, contra os profissionais do volante na capital alagoana. A escalada da violência contra os taxistas, segundo o sindicato, tem levado a classe, inclusive, a evitar horários e localidades consideradas críticas. Conforme levantamento do Sintaxi, o número de ações criminosas dessa natureza cresceu assustadores 98%, em comparação com o mesmo período do ano passado.

É que em 2015, nas contas do sindicato, as ocorrências de assalto contra taxistas que circulam em Maceió se resumiam a somente duas por mês. Segundo Thiago Holanda, secretário-geral do Sintaxi, a violência que acomete o taxista tomou uma proporção inesperada.

"Não esperávamos um aumento tão grande. E esta modalidade de crime ganhou variantes. Semana passada, um colega de trabalho buscou um rapaz em um restaurante na Jatiúca, bairro nobre da capital, levando-o até o Barro Duro, onde o passageiro tentou esfaqueá-lo para roubar", relatou.

Contudo, Thiago reconhece que a maioria dos taxistas não se dirige à delegacia especializada para a confecção do Boletim de Ocorrência (B.O.), o que representa um complicador no tocante à investigação dos crimes.

"O taxista não pode deixar de trabalhar e, por isso, muitos optam por não registrar a ocorrência, o que é um erro. Temos discutido este problema nas nossas reuniões. A questão é que os colegas se queixam da demora, mesmo no caso em que têm dinheiro, celular e até o veículo tomados de assalto. Na última semana, por exemplo, três taxistas foram vítimas de atentados contra a vida", complementou.

Já com relação ao número de homicídios contra taxistas, foram sete os registros no ano passado, enquanto que, em 2016, já são quatro os assassinatos, ainda segundo levantamento do Sintaxi, o que preocupa a entidade. "É um número considerado alto, e isso nos deixa apreensivos", finalizou o secretário-geral, destacando que, em reunião com o comando da PM de Alagoas, a corporação prometeu, em resposta à ação dos criminosos, implantar o denominado "botão do pânico" nos veículos de táxi em até 30 dias - o mecanismo, segundo o Sintaxi, vai permitir aos taxistas um canal direto de comunicação com a polícia.

Por Pedro Ferro |

05/07/2016 16h01 –

Atualizada às 05/07/2016 17h19

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