Crimes contra taxistas têm aumentado, segundo Sintaxi
Segundo Sintaxi, ao menos 12 ações
do tipo são registradas, semanalmente, contra os profissionais do volante em
Maceió; PM implanta "botão do pânico"
O Sindicato dos Taxistas de Alagoas
(Sintaxi-AL) informou, nesta terça-feira (5), que ao menos 12 assaltos têm sido
registrados, semanalmente, contra os profissionais do volante na capital
alagoana. A escalada da violência contra os taxistas, segundo o sindicato, tem
levado a classe, inclusive, a evitar horários e localidades consideradas
críticas. Conforme levantamento do Sintaxi, o número de ações criminosas dessa
natureza cresceu assustadores 98%, em comparação com o mesmo período do ano
passado.
É que em 2015, nas contas do
sindicato, as ocorrências de assalto contra taxistas que circulam em Maceió se
resumiam a somente duas por mês. Segundo Thiago Holanda, secretário-geral do
Sintaxi, a violência que acomete o taxista tomou uma proporção inesperada.
"Não esperávamos um aumento
tão grande. E esta modalidade de crime ganhou variantes. Semana passada, um
colega de trabalho buscou um rapaz em um restaurante na Jatiúca, bairro nobre
da capital, levando-o até o Barro Duro, onde o passageiro tentou esfaqueá-lo
para roubar", relatou.
Contudo, Thiago reconhece que a
maioria dos taxistas não se dirige à delegacia especializada para a confecção
do Boletim de Ocorrência (B.O.), o que representa um complicador no tocante à
investigação dos crimes.
"O taxista não pode deixar de
trabalhar e, por isso, muitos optam por não registrar a ocorrência, o que é um
erro. Temos discutido este problema nas nossas reuniões. A questão é que os
colegas se queixam da demora, mesmo no caso em que têm dinheiro, celular e até
o veículo tomados de assalto. Na última semana, por exemplo, três taxistas
foram vítimas de atentados contra a vida", complementou.
Já com relação ao número de
homicídios contra taxistas, foram sete os registros no ano passado, enquanto
que, em 2016, já são quatro os assassinatos, ainda segundo levantamento do
Sintaxi, o que preocupa a entidade. "É um número considerado alto, e isso
nos deixa apreensivos", finalizou o secretário-geral, destacando que, em
reunião com o comando da PM de Alagoas, a corporação prometeu, em resposta à
ação dos criminosos, implantar o denominado "botão do pânico" nos
veículos de táxi em até 30 dias - o mecanismo, segundo o Sintaxi, vai permitir
aos taxistas um canal direto de comunicação com a polícia.
Por Pedro Ferro |
05/07/2016 16h01 –
Atualizada às 05/07/2016 17h19
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