Lembrando as polêmicas envolvendo as votações do Escola Livre e do
artigo que retira a ideologia de gênero do Plano Estadual de Educação (PEE), o
deputado João Luiz cobrou que os interessados, principalmente os taxistas, não
deixem para última hora a discussão acerca do Projeto de Lei, de sua autoria,
que coíbe o uso de aplicativos para transporte remunerado em veículos
particulares, a exemplo do Uber.
Deputado Pastor João Luiz
Deputado Pastor João Luiz
O parlamentar lembrou que o PL foi protocolado na Casa em abril deste
ano e, desde então, não notou preocupação alguma dos taxistas que serão
afetados diretamente caso o aplicativo ganhe força em Alagoas.
“Agora, quando chegar o dia de botar o projeto em votação, a guerra
vem”, falou, destacando que, embora tenham tramitado por meses no parlamento,
as matérias citadas por ele só foram discutidas pelos interessados às vésperas
das votações no plenário.
“O Uber começou querendo trazer um padrão americano, para ser motorista
tinha que fazer vários testes, mas hoje você cadastra o carro até pela
internet.. Conversamos com motoristas, taxistas do Rio e São Paulo, que saíram
do táxi para o Uber e estão na miséria absoluta”, alertou o parlamentar,
acrescentando que, para competir com os táxis, o Uber diminui o preço da
corrida e da comissão paga ao motorista.
“Há uma legião de pessoas no Rio e São Paulo que hoje não consegue
pagar a prestação dos carros de luxo que compraram para fazer parte do Uber. O
que nos assusta é que o Uber já abriu até empresa de leasing para facilitar
essa compra... É um estelionato muito grande e isso tem eliminado e quebrado
muita gente e muita família”, prosseguiu João Luiz.
“Não vi de nenhum taxista de Maceió o interesse em saber do projeto,
mas quando a gente colocar em votação vai ter aquela guerra... Estou alertando,
porque Uber já iniciou em Salvador, com 140 carros sem autorização legal e em
Fortaleza, com 168 motoristas cadastrados também sem autorização. Se
permitirmos a entrada da empresa Uber em Maceió, podemos ter certeza absoluta
que será o fim da classe dos taxistas, que não conseguirão competir”, frisou.
Aproveitando a cobrança feita pelo Pastor acerca da tramitação da
matéria, Isnaldo Bulhões (PMDB) primeiro secretário da Mesa, pediu uma atenção
especial das comissões para que acelerem e cumpram os prazos regimentais na
apreciação dos projetos, destacando que algumas matérias se arrastam há meses e
até anos nessas comissões.
O presidente em exercício, Ronaldo Medeiros (PMDB), lembrou que o autor
das matérias podem solicitar relatoria especial caso os prazos sejam
descumpridos nas comissões.
Licença
No início do pronunciamento, João Luiz anunciou que irá se licenciar do
parlamento por 30 dias em razão de uma cirurgia para tratamento de
diverticulite.
Preocupado com a repercussão do pedido, ele lamentou ter que se afastar
em um momento onde há tantos colegas licenciados, e frisou que a licença será
apenas por 30 dias: “Não vai ficar ninguém no meu lugar e a gente pretende
voltar”.
Deputado Pastor João Luiz
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Postado em 11/05/2016 às 17:02
Por Vanessa Alencar
por Vanessa Alencar em Política
Foto: Ascom/ALE
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