Taxistas
protestam contra regulamentação de clandestinos
Representantes de diversas
categorias ligadas ao transporte de táxi compareceram à sessão desta
quinta-feira, 02, da Câmara Municipal de Maceió, cobrando dos vereadores o
posicionamento contrário ao projeto de lei proposto por Silvânio Barbosa (PMDB),
que regulamenta o transporte clandestino.
Segundo o presidente da Associação
de Táxi Lotação de Maceió (Atalmac), Sérgio Veloso, o projeto prejudica ainda
mais a categoria. “Já temos táxis até demais, se levar em consideração a
quantidade de habitantes de Maceió. São menos de quinhentos habitantes para cada táxi.
Nossa concorrência já é desleal, porque também tem os mototaxistas, que não são regularizados”, afirmou Veloso.
O presidente da Atalmac acredita
que a aprovação do projeto de lei não é a solução para a melhoria do sistema de
transporte, e sim a regulamentação do táxi lotação. “Já existe um decreto de
lei, que é de 1997, que classifica três tipos de táxi: o de turismo, o comum e
o lotação. O de lotação foi deixado em aberto, então não é viável que façam um
projeto de lei para aprovar uma categoria de ‘placa cinza’, e sim o lotação,
que já está enquadrado no regimento da prefeitura”, disse.
Transporte clandestino “quebra”
sistema
Para o vereador Chico Filho (PP),
os taxistas vivem uma situação de “crise intensa”. “A criação de um sistema
paralelo vai acabar ‘quebrando’ o sistema que existe hoje, que é de táxi e
ônibus”, afirmou. Segundo ele, o projeto cria uma vaga para transporte clandestino
a cada dois mil habitantes de Maceió.
Chico Filho relacionou o projeto ao
sistema de transporte Uber, que vem sendo debatido em todo o país. “Discutimos
o Uber há uns três meses, e votamos que não seria interessante para Maceió
neste momento, porque o sistema tem que ser coordenado pela SMTT. Agora,
cria-se um projeto que nada mais é que o transporte de pessoas com carro
particular, mas com placa vermelha, que é de aluguel. É um ‘samba do criolo
doido’, eu não consigo entender”, disse o vereador.
Segundo o pepista, alguns
vereadores defendem “historicamente” a lotação, mas em geral, não houve
manifestação na Câmara sobre o assunto. “A situação dos clandestinos seria
discutida no dia 20 de junho, mas foi feito um pedido afobado para que fosse apreciado
ontem”, finalizou.
02/06/2016 18h19
Da Redação
Fonte:
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