segunda-feira, 20 de junho de 2016

Audiência discute regulamentação de taxistas clandestinos em Maceió

Representantes de taxistas e rodoviários acompanham discussão

Projeto propõe organização do serviço oferecido por 2.500 taxistas ilegais.

Audiência pública é realizada na manhã desta segunda-feira (20), na Câmara de Maceió


(Foto: Carolina Sanches/G1)

Motoristas que trabalham como taxistas de forma clandestina, representantes de taxistas e rodoviários acompanham, na manhã desta segunda-feira (20), a audiência pública na Câmara Municipal de Maceió, no Centro, que discute o Projeto de Lei para regulamentar os alternativos.

O projeto, de autoria do vereador Silvanio Barbosa (PMDB), protocolado na Câmara semana passada, quer regulamentar a atividade exercida atualmente por cerca de 2.500 motoristas de forma clandestina.

O vereador explicou que a proposta é de fazer com que a atividade seja organizada. "Precisamos resolver essa desorganização que está o transporte público em Maceió e esse é o objetivo desse debate. Para que a sociedade conheça o projeto que foi debatido com o seguimento alternativo", argumentou.

Para o Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sintaxi), a aprovação do projeto vai prejudicar os cerca de 3 mil taxistas e mil motoristas auxiliares cadastrados para trabalhar em Maceió.


Clandestinos, taxistas e rodoviários acompanham audiência (Foto: Carolina Sanches/G1)

"Esse projeto não tem fundamento jurídico. Isso já é proibido por uma Lei federal. Se todos os clandestinos forem autorizados, a situação dos taxistas vai fixar complicada. Já está difícil trabalhar nesse período de crise financeira e se isso for adiante será pior. A cidade não tem capacidade para tantos motoristas", reclamou o secretário-geral do sindicato, Fernando Ferreira.

O sindicato dos trabalhadores rodoviários (Sinttro) também é contrário a medida. Para o presidente do sindicato, a regulamentação pode causar demissão de rodoviários porque vai diminuir o número de passageiros de coletivo. "Isso é um retrocesso, enquanto as cidades buscam melhorar a mobilidade urbana aqui temos um projeto como esse", comentou.

Os clandestinos falam que a aprovação do projeto não vai gerar dano para outras categorias. O presidente da Associação dos Transportadores Alternativos de Maceió (ATALMAC), Ascanio da Cunha, disse que a atividade já é exercida, mas de forma irregular. "Os clandestinos trabalham em locais que não têm coletivos e onde o táxi não vai ou as pessoas não tem como pagar. São bairros periféricos e existe passageiros para todos", falou.

O promotor Flavio Gomes acompanha a audiência. Ele destacou a importância do debate. "É importante que esse tema seja discutido. E a promotoria de Direitos Humanos está de portas abertas para a gente fazer Justiça", completou.


20/06/2016 10h43 - Atualizado em 20/06/2016 10h43

Carolina Sanches

Fonte:
Do G1 AL
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