sábado, 5 de novembro de 2016

Taxistas fazem carreata em Maceió contra Uber

IMPASSE. 

Ministério Público informa que está analisando o caso


Taxistas fazem carreata em Maceió contra Uber

Um grupo de taxitas fez uma carreata, ontem pela manhã, em Maceió, contra a permanência do serviço do Uber. O protesto teve concentração no bairro de Jaraguá e seguiu para pela Avenida Fernandes Lima até a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), localizada no Tabuleiro do Martins, parte alta da capital. Enquanto a carreata aconteceu, o tráfego ficou bastante lento.

A manifestação foi idealizada pelos taxistas e contou com o apoio do Sindicato dos Taxistas do estado de Alagoas (Sinditáxi-AL). Desde que o aplicativo Uber começou a operar na capital, no início de outubro, foi gerado um impasse com motoristas de táxi, que não aceitam a plataforma. Eles afirmam que a Lei Municipal Nº 6.552/2016, que proíbe o serviço de transporte de passageiro por carros particulares no município, torna o Uber uma violação.

Em entrevista para a Gazeta de Alagoas, o taxista e diretor da Sinditáxi, Thiago Holanda, definiu o protesto como “tranquilo” e “pacífico”. Além disso, ele garantiu a qualidade no serviço da categoria e ainda falou que a classe não é contra a nova empresa, mas clamam para que as exigências sejam iguais.

“Assim como toda empresa, o táxi também precisa de algumas melhorias, mas eu sei da grande qualidade que a gente oferece. A prova disso é que Maceió é a cidade com mais frotas renovadas de carros. E nós não somos contra o Uber. Já que a sociedade tanto quer, então que venha, mas que seja regulamentado”, disse.

O presidente do Sinditáxi, Ubiracy Correia, afirmou que os clientes preferem preços mais baratos e que os motoristas do Uber são isentos de impostos e taxas, fazendo com que sejam barateados os valores cobrados nas corridas. Ele resume a atividade como “injusta” e ainda pensa na possibilidade de um colapso na categoria.

“Todos os taxistas passam por um treinamento, uma preparação para que seja autorizada a pratica de sua atividade. O que a sociedade gosta é do preço baixo, e eles (uber) não são subordinados a pagar impostos, a concorrência é desleal. Se esse novo serviço for aceito, mesmo sendo fora da lei, que já não é regulamentado, o serviço de taxi em Maceió vai morrer daqui a um ano”, disse.

O Ministério Publico Estadual (MPE) iniciou o acompanhamento do caso uber. Em  nota, encaminhada a reportagem, a instituição informou que esta analisando a situação e a constitucionalidade dos fatos, alem de verificar os possíveis resultados na sociedade.

“Após tomar ciência o órgão ministerial por meio da 16ª Promotoria de Justiça da Capital (Fazenda Municipal) e da 2ª Promotoria de Justiça da Capital (Defesa de Ordem Econômica e das Relações de Consumo), analisa a constitucionalidade  da norma, em relação ao texto da Constituição Estadual, e os reflexos que a proibição poderá ensejar no Consumidor”,  revela o texto encaminhando pela assessoria de comunicação do MPE.

Recentemente, motoristas do uber foram cercados por taxistas e impedidos de seguir a corrida em Maceió. A SMTT esta fiscalizando o serviço.

Maceió, 04 de novembro de 2016

Por: ANTÔNIO CARLOS SOUTO* - ESTAGIÁRIO

* Sob supervisão da editoria de Cidades.


Fonte: gazetaweb.com

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