terça-feira, 19 de abril de 2016

2016 é ano de eleição municipal



Prezados taxistas e usuários do serviço de táxis.

Caros concidadãos. O embate: Táxis X apps ilegais como o rebU, (que prefiro assim denominar pelo alvoroço que provoca), é o prelúdio de uma nova era, a que chamam “TRI” – Terceira Revolução Industrial e que à semelhança do ocorrido na “PRI” – Primeira Revolução Industrial, foi tomada de assalto, como se fora uma onda, por modalidades capitalistas de uma selvageria extrema, no caudal de inovações reais e pseudo inovações, num mix, ou coquetel, cujos verdadeiros componentes, somente são percebidos num primeiro momento, por profissionais munidos do “Terceiro Olho”, do conhecimento técnico-científico.

Os trabalhadores, que se julgavam protegidos pelo ARCABOUÇO LEGAL, são colhidos de surpresa por esta onda, onde o grau de organização profissional, política e sindical existente, funciona como escaleres (barcos) salva vidas. Portanto, quanto maior esta organicidade, melhor a chance de sobrevivência a esta onda, que precede ao tsunami, que já anuncia sua aproximação.

A Vontade Política é outro elemento fundamental, para a proteção e o alcance da desejada sobrevivência dos trabalhadores, nesta situação. Dirigi-me inicialmente aos taxistas, pois o Serviço de Táxis, no Brasil e no mundo, estão neste exato momento, debatendo-se em meio à “inundação” provocada por esta onda de apps ilegais em sua ação, como o já famigerado rebU.

Mencionei ainda os usuários, que inebriados pela novidade, aderem a ela sem a devida análise crítica das conseqüências, como por exemplo a incidência da “Tarifa Dinâmica”. Esta não tardou em provocar seus efeitos sobre os incautos usuários, como demonstram as centenas de queixas em sites especializados como o Reclame Aqui. Os “parceiros” a serviço desses apps, atraídos pelo “canto da sereia”, do apelo ao lucro fácil, apregoado pelos arautos desses aplicativos, logo se deram conta de que “não existe almoço grátis” e ao sentirem-se pressionados pelos altos custos a eles impostos, ensaiam tentativas de rebeliões, como a recente “greve” dos parceiros do rebU. Neste momento deram-se conta da fragilidade das regras a que se submeteram, presos num esquema monopolista que se exime de quaisquer responsabilidades com seus problemas de custeio e até de sobrevivência.

Por sua vez, os taxistas no Brasil, encontram-se num estado de perplexidade, ao se sentirem, quase que como órfãos da vontade política, diante da omissão generalizada do Sistema Regulatório, que deveria protegê-los. Embora tenhamos que ressalvar os esforços de algumas lideranças políticas, classistas e associativistas, neste sentido. A omissão, como disse, dá-se pelo arrefecimento da Vontade Política, causada em parte pela ducha de “água fria”, representada pelo contraditório jurídico, que por “força do ofício”, “vê” brechas no citado arcabouço legal, também tomado de surpresa pelo “coquetel” oportunista em que se misturam os pseudo inovadores, num processo de causa e efeito estonteante. Em meio a este caótico cenário, houve uma surpreendente reação de resistência dos trabalhadores taxistas, que mesmo diante de ardis promocionais, ataques midiáticos e enorme pressão do poder econômico destes apps invasores, tem sido formidável, hajam vistas as leis municipais erigidas em defesa da categoria. Os taxistas, porém, deram-se conta de que a luta será longa. O embate político-jurídico, tem faceta multidisciplinar que exige o concurso da ciência e da técnica que serviram de base à criação do Serviço de Táxis, sucesso mundial. Eles se dão conta de que precisam se organizar melhor, não só em termos de aprimoramento na prestação do serviço, mas maximizar sua representatividade política EXCLUSIVA.

2016, ano eleitoral e oportunidade que a categoria não deve perder. Ela precisa se mobilizar oportunamente, não só para manter as bancadas parlamentares existentes, mas procurar aumentá-las. Os apps, são adversários poderosos, que ocupam múltiplos espaços, inclusive nos Parlamentos. Neles, faz-se obrigatória a presença de vozes representativas confiáveis, para a defesa da classe. A HORA É AGORA. A UNIÃO É FUNDAMENTAL. Isto não somente em nível local, mas e principalmente em nível nacional.

Eng. Nélson A. Prata – da amada Belo Horizonte
Especialista em Trânsito e Transporte, mas sobretudo amigo e defensor da categoria.

18 de abril de 2016

Fonte:
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